Alice Central Park - Nova York |
Dia 24/02/2015 - Dia 24
Presentes: Ana Clara; Augusto; Bia; Brígida; Denise; Maitê; Marina; Marjorie; Rafaela e Susane.
obs.: O protocolo era de Zé Angelo que não compareceu (justificado).
Orientadores: Carol e Lisa com a presença de Lélis
1° Parte: Carol = organização corporal; aquecimento vocal; ciranda "Alice chame chame"; Jogo de entonações a partir da letra da ciranda e Jogo do chá.
2° Parte: Lisa = Cumprimentos "nonsenses"; Ciranda "Ciranda Cirandinha" organizado por Lélis com proposta de leitura dos versos de Adriana Peliano.
VERSO 1: Ondas vivem os sonhos? Perguntou a menina Noite enquanto
suas bolhas e ovos nevados e ovários alados em floresta e festa sopravam na
nuca suas palavras e sépalas mágicas de quero ainda estar com você na noite
plena de chuvens e anuventuras. Seus silêncios deliravam mundos amantes que
brotavam em gotas de licor de jasmim, alamandas e salamandras e espirais em
seus olhos dançam, enquanto diáfanas brisas flutuantes de saliva e névoa
purpurinam brilhos de artemísia e eterno encanto.
VERSO 2: Ondas
mergulharam na bolha de intenso vazio sem mais príncipes nem castelos nem
rainhas nem coelhos, nem nuvens, nem relógios, nem naves de sonhos, escolheu a
bolha que parecia mais cheia de nada sei, mais vazias dos caminhos de sonhar,
cem caminhos, sem mesmo um sorriso pairando no ar. Sem toca, sem espelho, sem
passagem, sem luar, sem lugar. Quase sem saber mais respirar desfez-se da bolha
e de si mesma e escolheu ser a pulsação do coração de uma estrela em luz e
nébula e ondas quânticas e já não é mais possível contar o que ainda está para
acontecer.
VERSO 3: Ondas vivem os
sonhos? Acordou a menina Rainha dentro do sonho e sonhou que nunca mais
duvidaria se estava sonhando, que nunca mais viveria se não fosse para ser
rainha do mundo em nuvens e corações de fumaças aladas e corações de buquês de
borboletas inclassificáveis. Ela vivia na fronteira entre a noite e o mergulho
no mais antigo sonho de entrega ao mistério que ela guardava em seu tesouro
escondido atrás de uma estranha portinha encontrada em uma ilustração de um
antigo livro para meninas.
VERSO 4: Ondas
vivem os sonhos? Acordou a menina Mundos entre bolhas e borbulhas e brindes
gozosos que antes de dormir vinham voando ao redor de seus lóbulos e libélulas
e córneas pulsantes convidando mergulhos entre outros mundos mágicos, outros
mundos curiosíssimos, outros mundos que não perguntavam quem era ela, mas quem
realmente queria ser nem que fosse naquele instante para sempre perdido em mim.
Outros mundos que não perguntavam para onde queria ir, mas convidavam para o
núcleo dos átomos do tempo multiplicado ao infinito.
A partir de uma escolha democrática, quem assumirá esses versos na encenação:
Verso 1: Bia Riccio
Verso 2: Marina Rizzi
Verso 3: Denise Octávio
Verso 4: Marjorie Valvo
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