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Foto: LUCIANA FERREIRA |
Dia 20/09/2015
3° DIA DA TEMPORADA NO NÚCLEO DE MÚSICA DA BRASITAL
O surrealismo mostrou o quanto Alice pode ser transformada e como muitas outras
estórias moram dentro de uma estória, se não buscarmos fidelidade ou um retorno
ao original, mas um compromisso de criamos a partir dele.
No surrealismo os
artistas recriam Alice se recriando já que a leitura é criação. O surrealismo
mostrou o quanto a arte dá passagem para um movimento aonde a imaginação viaja
pelo maravilhoso. Não o que Alice foi, mas o que pode vir a ser.
No surrealismo Alice
não é mais literalmente uma criança, não existe mais o compromisso literal com
a estória narrada. Alice se torna imagem poética, que convida associações
inéditas e fagulhas de encontros que embaralham a ordem evidente das coisas.
Alices surrealistas se transformam a cada aparição, dando passagem ao
inconsciente do público. Alice se torna mito, encarnando uma menina que viaja
por mundos profundos e parece transitar entre o sonho na vigília, enquanto
descobrimos estupefatos que é impossível acordar se não existe fronteira entre
a vida e o sonho, senão despertar.
Adriana Peliano
Público: 70 pessoas